Recursos da linguagem visual em contexto do Ensino do Fundamental para ensino de frações para Educação de Jovens e Adultos
Aluno: Luiz Carlos Cardoso
Orientadores: Bianca Maria Rego Martins e Alessandro Jatobá.
Descrição: Esta pesquisa foi motivada pelo desconforto ao observar as dificuldades de entendimento dos objetos de estudo na disciplina de matemática dos alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) na Escola Municipal Gonzaga da Gama Filho em Benfica, Rio de Janeiro, onde tive o privilégio de estagiar como aluno de Licenciatura em Matemática em 2019. Eles apresentaram muita dificuldade em assimilar as unidades temáticas de matemática dos anos finais do Ensino Fundamental. Escolhi investigar situações didáticas com ênfase no uso de linguagem visual em atividades de apoio às estratégias de aprendizagem de frações para habilitar, compreender e aplicar conceitos de frações no dia a dia. Percebido que o público da EJA era bastante heterogêneo; artefatos manipuláveis (Gira-paletas e Gira-fatias) foram levados até a sala de aula no segundo semestre de 2019, antes da Pandemia COVID19. Foram bem aceitos e ganharam atenção dos alunos, a ponto de se ouvir “precisa ter mais aulas assim”. Pós-pandemia, as aulas presenciais ficaram impedidas de acontecer e a inviabilidade de serem remotas dada a falta de estrutura da maioria dos alunos e falta de recursos municipais. O foco da pesquisa foi direcionado aos professores para dar continuidade à pesquisa e avaliação dos artefatos, em especial o Gira-paletas digital desenvolvido a partir do precursor Gira-paletas manipulável. Um grupo focal virtual foi montado para avaliação do artefato digital e uso de imagens em sala de aula em apoio às aulas. O método de Osgood (1959, apud BARDIN, 2016, p.203) evaluative assertion analysis (AAE) foi aplicado para análise de avaliação da transcrição do grupo focal. Como resultado, três objetos (em inglês, atitude objects, AO) tiveram pontuações bastante elevadas e favoráveis. O uso de imagens (2,60), Gira-paletas digital (2,51) e Gira-paletas manual (2,13). A metodologia de pesquisa foi orientada com base nas “ciências do artificial”, Design Science e Design Science Research de Simon (1996). Romme (2003) afirma que os estudos relacionados às organizações devem incluir a Design Science e a Design Science Research, como um dos principais modos de conceber o conhecimento e de realizar pesquisas científicas.