O USO DE TECNOLOGIAS ASSISTIVAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL COMO FERRAMENTA PARA A PROMOÇÃO DA COMUNICAÇÃO EM CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
Aluno(a): Carolina De Macedo Fardim
Orientadores: Rosa Valim e Alessandro Jatobá
Data de defesa: 20/07/2023
Descrição:
A promoção da comunicação em crianças com transtorno do espectro autista (TEA) representa o tema sobre o qual está se debruçando esta dissertação. A respeito deste tema é importante mencionar que umas das principais áreas de prejuízo persistente do autista é a comunicação (DSM-5, 2013). Além disso, autistas tendem a apresentar dificuldades para lidar com as mudanças em suas rotinas, para permanecer em atividades por determinados períodos e para compartilhar gostos e interesses. De modo geral, seres humanos operam a linguagem verbal e não verbal para explicar sentimentos e, como coloca Gaiato e Teixeira (2018, p. 60), quando essas habilidades não estão presentes no repertório da criança, ela pode fazer uso de estratégias pouco elaboradas, como gritos e birras, por exemplo. Esta dissertação intitulada “O uso de tecnologias assistivas na educação como ferramenta para a promoção da comunicação em crianças com transtorno do espectro autista” questiona de que maneira o educador pode contribuir para o desenvolvimento da comunicação em crianças de três a cinco anos com transtorno do espectro autista, de forma lúdica e atrativa, utilizando as tecnologias assistivas como facilitadoras da aprendizagem. Acredita-se que majoritariamente os sites e aplicativos que oferecem materiais educativos invisibilizam as crianças que possuem necessidades específicas, demonstrando como o capacitismo está presente na produção de tecnologias na primeira infância. Ainda assim, nem sempre as adaptações, sobretudo tecnológicas, se voltam para a especificidade do público com TEA. Os educadores necessitam de informações claras e objetivas, visto que encontram dificuldade na busca de materiais de baixo custo que auxiliem a comunicação de crianças autistas. Esta dissertação objetiva refletir sobre a utilização de tecnologias assistivas de baixo custo, de forma lúdica e atrativa, como facilitadoras da comunicação em crianças de três a cinco anos com transtorno do espectro autista. O relato de experiência destaca-se como metodologia estruturante, haja vista que se pretende discorrer sobre uma situação específica, para que seja possível encontrar características essenciais que auxiliem na busca por novas teorias e questões que servem como base para futuras investigações. Para análise dos dados utilizou-se a técnica da análise descritiva. Para além, trabalhou-se respeitando as normativas éticas propostas pela Resolução 510 de 07 de abril de 2016 do Conselho Nacional de Saúde (CNS, 2016). Dentre os achados, ressalta-se que: as Tecnologias Assistivas (TA’s) de baixo custo inseridas em sala de aula propõe a ideia de que é viável e acessível a implementação de tecnologias pelos professores com o intuito de favorecer a inclusão de alunos com deficiência e avançar a qualidade do ensino. Todavia, nota-se falta de conhecimento sobre as TA’s por parte dos docentes e, consequentemente, aponta-se para a necessidade da formação continuada para os docentes com o propósito de orientá-los sobre as novas tecnologias e sua utilização em sala de aula. Esta dissertação, espera, ao final, propor, como produto, um e-book que divulgue tecnologias assistivas de baixo custo, para que profissionais da educação que atendam crianças com deficiência.