Neurociência em espaços informais: o uso de tecnologias digitais como instrumento de facilitação da comunicação científica de médicos para o aprendizado de pacientes em pré-operatório de neurocirurgia
Aluno: Rubem David Deziderio Reis
Orientadores: Profa. Dsc. Luciane Medeiros de Souza Conrado e Prof. Msc. André Cotelli do Espírito Santo
Descrição: O presente trabalho se caracteriza por uma pesquisa desenvolvida com o objetivo de criar um instrumento digital que facilite a difusão de saberes importantes para a internação hospitalar e o pós-operatório de neurocirurgia visando promover a democratização de conhecimentos científicos básicos ao paciente e cuidadores, estruturado com base em uma sequencia didática específica. A partir da inquietação relacionada a observação na prática psiquiátrica e neurocirúrgica da dificuldade no estabelecimento de uma comunicação efetiva e afetiva, foi realizado este estudo em resposta ao problema visando a criação de um instrumento tecnológico facilitador do aprendizado minimizando o desinteresse pela ciência, promovendo o autocuidado e a assistência de cuidados familiares ou profissionais no que se relaciona ao pós-operatório de neurocirurgia endovascular. A metodologia aplicada a este estudo baseou-se na análise da literatura relacionada ao tema e aplicação de um questionário quantitativo e qualitativo com perguntas abertas e fechadas direcionadas ao publico-alvo de neurocirurgiões e médicos de outras especialidades, no papel de usuários secundários de um aplicativo digital criado na finalidade de facilitar a aquisição de informações pelo paciente (usuário primário). A versão final do aplicativo digital foi aperfeiçoada a partir de considerações deste grupo focal com base nos resultados obtidos. Da análise dos resultados foi realizado pelo método SWOT e foram delineados como pontos fortes: a inovação tecnológica tanto no foco do aplicativo ser o paciente quanto a fácil reprodutibilidade e aplicabilidade deste instrumento nas consultas médicas e a difusão social do papel do neurocirurgião como educador em saúde e agente de democratização científica relacionada à neurociência. Os pontos fracos destacados foram a falta de hábito de alguns médicos em utilizar aplicativos nas consultas e por alguns perfis de pacientes e o risco de aumento de tempo de consultas por aqueles que não estão habituados com tecnologia. As principais ameaças evidenciadas no estudo foram a tendência de um comportamento rígido tradicional de alguns profissionais e a limitação do sinal de internet e sua abrangência em algumas localidades do Brasil. As oportunidades encontradas basearam-se na curiosidade do paciente na busca do autoconhecimento e relacionado a neurociência correlacionado a demanda suprimida de um mercado consumidor com necessidade progressiva de inovações tecnológicas digitais que facilitem a prática clínica e promovam a difusão de uma linguagem específica por partes dos profissionais como adaptação a características da contemporaneidade.