A Elaboração de Um Laboratório de Matemática Como Unidade Curricular do Itinerário Formativo de Matemática e Suas Tecnologias Para o Novo Ensino Médio
Aluna: Gisele de Oliveira Ribeiro Pereira
Orientadores: Paulo Vitor de Carvalho e Alessandro Jatobá
Descrição: Esta pesquisa se inicia a partir de inquietações sobre a possibilidade de aprimorar o pensamento crítico e criativo em matemática, através da criação de um laboratório de Matemática. Por que alguns alunos demonstram tanta dificuldade em desenvolver ou solucionar um problema? Como fomentar o pensamento crítico para que crianças e jovens se sintam empoderados e capazes de solucionar questões? Quais medidas práticas o professor deve utilizar para incentivar a autonomia e o processo criativo? Pesquisando sobre as competências socioemocionais, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o Novo Ensino Médio, Laboratórios de Matemática, o pensamento crítico e criativo, e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), constatamos a necessidade de pensar no que Paulo Freire chama de alfabetização não mecânica, mas carregada de significado e criticidade, mesmo que nesse caso, estejamos voltados para a alfabetização matemática. Destarte, definimos no objetivo geral a intenção de promover a criatividade, a autonomia e o pensamento crítico dos jovens, através da elaboração de uma disciplina eletiva para o itinerário formativo de Matemática, e como consequência montar um Laboratório de Matemática. Este deverá conter objetos concretos que facilitem o ensino e reforcem a aprendizagem nos segmentos da educação básica. Especificamente falando vamos verificar a necessidade da criação de objetos de aprendizagens concretos para o ensino e aprendizado de determinados conteúdos e para quem ele se destina. A partir dessa análise, idealizar, prototipar, testar e validar tais produtos; Criar uma unidade curricular do Itinerário Formativo de Matemática e Suas Tecnologias baseada nas ideias do processo de Design Thinking para a construção de um Laboratório de Matemática; Criar um e-book com o passo a passo do processo de elaboração da unidade curricular do Itinerário Formativo de Matemática. Para tal feito foram pesquisados 18 alunos da Escola Sesc de Ensino Médio, situada em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, com anuência do Comitê de ética em pesquisas que envolvem seres humanos. Para a realização das etapas e prosseguimento de uma sequência didática, os alunos formaram grupos. Tal motivação é embasada nas ideias de Vygotsky (1984), com a Zona de Desenvolvimento Proximal, e também em Perrenoud (2000), que nos mostra a importância da pesquisa para a construção de teorias. A criação da disciplina se dá através da participação direta do estudante, como agente ativo na criação dos protótipos e consequentemente do laboratório de matemática. Para a coleta de dados foi feito o que Lakatos e Marconi (2017) denominam de observação não estruturada, participante, em equipe e efetuada em ambiente controlado, com questionários, e rodas de conversa. A partir da análise de conteúdo, com as etapas sugeridas por Bardin (2011), foi perceptível o amadurecimento dos alunos ao trabalhar em equipes, e um avanço médio no pensamento crítico em matemática. Contudo, o interesse em participar das atividades e se aprimorar em matemática foi relevante. Os protótipos geraram o início de um laboratório de matemática e consequentemente um e-book para servir como norteador para educadores que desejarem construir um laboratório ou trabalhar com Design Thinking na educação.